No mundo digital de hoje, as plataformas online tornaram-se um espaço crucial para o diálogo sobre questões espirituais. A internet, com sua vastidão e alcance, oferece uma oportunidade única de evangelizar e compartilhar a fé cristã. No entanto, ao se aventurar nesse cenário, é natural se deparar com perguntas desafiadoras e, muitas vezes, críticas à crença cristã.
Questões sobre a existência de Deus, a razão do sofrimento humano ou a veracidade das Escrituras são apenas alguns exemplos das perguntas que muitos cristãos enfrentam quando compartilham sua fé online.
Saber como responder com sabedoria a essas perguntas é fundamental para evangelizar de maneira eficaz. As respostas não devem apenas refletir o conhecimento bíblico, mas também demonstrar respeito, empatia e, acima de tudo, a graça de Cristo. A habilidade de responder com sabedoria pode ser a chave para transformar um momento de desafio em uma oportunidade de testemunho poderoso.
Neste artigo, nosso objetivo é fornecer dicas e estratégias práticas para ajudá-lo a se preparar para lidar com questionamentos difíceis e, por vezes, desafiadores, vindos de incrédulos na internet. Ao se armar com sabedoria espiritual e conhecimento intelectual, você estará melhor preparado para oferecer respostas que não só defendem sua fé, mas também abrem portas para conversas mais profundas sobre o amor e a verdade de Cristo.
Compreendendo a Natureza das Perguntas Desafiadoras
Ao evangelizar na internet, é inevitável se deparar com perguntas desafiadoras sobre a fé cristã. Essas perguntas podem variar amplamente em tom e intensidade, e é fundamental entender sua natureza para responder de forma eficaz. Saber o que está por trás de uma pergunta pode ajudá-lo a formular uma resposta mais compassiva, assertiva e relevante. Aqui, vamos explorar alguns tipos comuns de perguntas desafiadoras, as motivações por trás delas e a importância de discernir o tom da conversa.
Perguntas Comuns de Incrédulos
Algumas das perguntas mais frequentes feitas por incrédulos são profundas e podem parecer difíceis de responder. Elas muitas vezes surgem de uma busca por entendimento ou de uma tentativa de questionar as bases da fé cristã. Aqui estão alguns exemplos típicos:
- “Se Deus é bom, por que há sofrimento?”: Esta é uma das perguntas mais comuns, refletindo uma luta interna entre a fé em um Deus amoroso e a realidade do sofrimento no mundo. Os incrédulos podem ter dificuldade em conciliar essas duas ideias e questionam a bondade de Deus à luz do sofrimento humano.
- “Como você pode acreditar em algo que não pode ser provado?”: Esta pergunta reflete a dúvida cética sobre a existência de Deus e a veracidade das Escrituras. Muitas pessoas, especialmente no mundo moderno, procuram evidências concretas e científicas para validar as crenças religiosas, e questionam a fé com base na falta de “prova” tangível.
- “Como um Deus justo pode condenar pessoas para a eternidade?”: Este questionamento aborda a justiça de Deus, desafiando a ideia de um julgamento eterno. Para muitos, a ideia de um Deus amoroso e justo parece incompatível com a condenação final.
Essas perguntas, embora desafiadoras, são oportunidades para expressar a profundidade da fé cristã e a confiança nas respostas que a Bíblia oferece. Elas não devem ser vistas como obstáculos, mas como um convite ao diálogo.
Motivações por Trás das Perguntas
As perguntas feitas por incrédulos nem sempre são feitas com o mesmo intuito. Algumas surgem de uma dúvida genuína e sincera, enquanto outras podem ter uma motivação mais agressiva, com a intenção de desacreditar a fé ou provocar uma reação. Compreender as motivações por trás das perguntas é essencial para saber como responder de forma apropriada.
- Dúvidas Sinceras: Muitas pessoas que questionam a fé cristã estão buscando respostas genuínas para dúvidas que os afligem. Elas podem estar lidando com questões de sofrimento, dor ou conflito interno e não sabem como conciliar essas experiências com a ideia de um Deus bom e justo. A resposta a essas perguntas deve ser dada com empatia, sensibilidade e amor, levando em consideração o sofrimento e as lutas do outro.
- Questionamentos Agressivos: Por outro lado, há aqueles que fazem perguntas com a intenção de desacreditar a fé cristã ou provocar uma discussão acalorada. Essas perguntas podem ser feitas de maneira sarcástica ou desdenhosa, com o objetivo de testar a paciência ou desafiar os fundamentos da religião. Nesses casos, é importante manter a calma, responder com respeito e evitar entrar em discussões infrutíferas. Jesus nos ensina a ser sábios como serpentes e inocentes como pombas (Mateus 10:16), o que nos lembra de responder com inteligência, sem perder a compostura.
A Importância de Discernir o Tom da Conversa
A maneira como uma pergunta é feita pode dizer muito sobre o estado de espírito e a motivação de quem a faz. Discernir o tom da conversa é essencial para uma resposta eficaz. Perguntas feitas com curiosidade intelectual ou com a intenção de aprender exigem uma abordagem mais aberta e paciente, enquanto perguntas feitas de forma provocativa ou agressiva devem ser tratadas com mais cautela, evitando confrontos desnecessários.
Além disso, discernir o tom também significa perceber se a pessoa está aberta ao diálogo ou se está apenas querendo afirmar suas próprias crenças. Se a conversa parece estar se tornando uma discussão sem propósito, pode ser sábio recuar e voltar a conversar em outro momento, quando a pessoa estiver mais receptiva.
Quando respondemos com sabedoria, levando em conta o tom da conversa, demonstramos não apenas nosso conhecimento sobre a fé, mas também nossa disposição em amar e compreender o outro, independentemente de sua postura. Lembre-se de que a maneira como respondemos pode ser tão poderosa quanto o conteúdo da resposta, especialmente quando buscamos transmitir a verdade com graça e respeito.
Compreender a natureza das perguntas desafiadoras e as motivações por trás delas é crucial para que possamos responder de forma sábia e eficaz. Seja em um momento de dúvida genuína ou em uma tentativa de desacreditar a fé, nossa resposta deve sempre refletir o amor de Cristo, a verdade da Palavra e a sabedoria divina.
Preparando-se Espiritualmente
Ao se preparar para responder a perguntas desafiadoras sobre a fé cristã, é fundamental lembrar que a preparação espiritual é a base para qualquer abordagem eficaz. As palavras que escolhemos, as atitudes que tomamos e até mesmo a disposição do nosso coração ao evangelizar são influenciadas diretamente pela nossa conexão com Deus. Aqui estão três aspectos essenciais para se preparar espiritualmente:
Oração e Dependência de Deus
Antes de se lançar a responder perguntas difíceis ou entrar em debates sobre a fé, é crucial buscar a sabedoria divina através da oração. Ao responder a questionamentos desafiadores, não podemos depender apenas de nossa própria compreensão ou habilidades intelectuais. Precisamos pedir a Deus que nos capacite, nos dê discernimento e nos guie em cada palavra. A oração nos ajuda a manter a humildade, lembrando-nos de que nossa força e sabedoria vêm de Deus, e não de nós mesmos. Como diz Tiago 1:5, “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, de boa vontade, e ser-lhe-á dada.”
Estudo da Palavra
Estar familiarizado com as Escrituras é vital para fundamentar nossas respostas. A Bíblia não só oferece a verdade de Deus sobre o mundo e a vida, mas também contém a sabedoria necessária para abordar questões profundas com respeito e precisão. Ao se preparar para responder a perguntas difíceis, dedicar tempo ao estudo das Escrituras fortalece nossa capacidade de apresentar respostas que não são apenas lógicas, mas também fiéis à Palavra de Deus. Meditar nas Escrituras nos ajuda a entender melhor o caráter de Deus, Suas promessas e o propósito da humanidade, fornecendo uma base sólida para nossa fé.
Além disso, é importante lembrar que a Palavra de Deus é viva e eficaz (Hebreus 4:12). Ela tem o poder de penetrar os corações e transformar vidas, algo que nossas palavras sozinhas não conseguem fazer. Por isso, ao evangelizar, é essencial usar as Escrituras para apoiar e fundamentar nossas respostas.
Exemplo de Jesus
Jesus é o nosso maior exemplo quando se trata de lidar com perguntas desafiadoras. Durante Seu ministério, Ele frequentemente enfrentou questionamentos de líderes religiosos e incrédulos que buscavam pegá-Lo em contradições ou descreditar Sua autoridade. No entanto, Jesus sempre respondeu com sabedoria divina, não apenas provando Seu conhecimento, mas também guiando os ouvintes a uma compreensão mais profunda de Deus e da verdade.
Em Lucas 20:20-26, quando os fariseus tentaram pegar Jesus em uma armadilha política com uma pergunta sobre o pagamento de impostos a César, Ele respondeu de forma sábia e surpreendente: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” Essa resposta não só respondeu à pergunta, mas também desarmou a tentativa de manipulação.
Da mesma forma, em Mateus 22:15-22, quando foi questionado sobre a ressurreição dos mortos, Jesus não apenas corrigiu a compreensão errada dos saduceus, mas também os levou a uma reflexão mais profunda sobre as Escrituras e a verdadeira natureza da vida eterna.
Jesus nos ensina que, em vez de reagir impulsivamente ou se defender de maneira agressiva, devemos buscar respostas que revelem a verdade de Deus, ao mesmo tempo que demonstram sabedoria e humildade. Ao seguir Seu exemplo, podemos estar certos de que nossas respostas não serão apenas eficazes, mas também refletem o amor e a graça de Deus.
Ao nos prepararmos espiritualmente para responder aos desafios que surgem ao compartilhar nossa fé, devemos lembrar que, acima de tudo, é a sabedoria de Deus que nos capacita. A oração, o estudo das Escrituras e a imitação de Cristo são ferramentas indispensáveis para que possamos responder com sabedoria e graça.
Preparando-se Intelectualmente
Além da preparação espiritual, a preparação intelectual é uma parte essencial para responder a perguntas desafiadoras sobre a fé cristã. Ao se deparar com questionamentos difíceis, é fundamental não apenas se apoiar em nossa confiança em Deus e nas Escrituras, mas também estar bem informado e preparado para apresentar respostas racionais e bem fundamentadas. Aqui, exploraremos três áreas-chave para a preparação intelectual: o conhecimento sobre apologética cristã, a importância de pesquisas sobre temas difíceis e a necessidade de entender as crenças dos incrédulos.
Conhecimento Básico sobre Apologética Cristã
Apologética é a defesa da fé cristã. Derivada do grego apologia (que significa “defesa”), a apologética é um campo de estudo que busca fornecer respostas racionais e fundamentadas para as perguntas e objeções feitas contra o cristianismo. Ela não só ajuda a esclarecer pontos difíceis da fé, mas também oferece argumentos que demonstram a veracidade da crença cristã em face da dúvida e da oposição.
Conhecer os fundamentos da apologética cristã é essencial para qualquer cristão que deseje responder a questões desafiadoras de maneira lógica e respeitosa. A apologética aborda temas como a existência de Deus, a ressurreição de Jesus, a confiabilidade das Escrituras e a questão do sofrimento, entre outros. Ao dominar esses tópicos, você será mais capaz de apresentar respostas que não sejam apenas baseadas em emoção ou experiência pessoal, mas também em evidências e argumentos racionais que respaldam a fé cristã.
Recursos como livros de apologética, cursos online e até debates públicos entre cristãos e ateus podem ser fontes valiosas para aumentar o conhecimento nesta área. Livros como “Mero Cristianismo” de C.S. Lewis e “Razão para a Esperança” de William Lane Craig são exemplos de obras que oferecem argumentos sólidos e acessíveis sobre a fé cristã.
Pesquisas sobre Temas Difíceis
A preparação intelectual também envolve pesquisar sobre os temas mais difíceis que frequentemente surgem nas discussões sobre a fé. Perguntas sobre a existência do mal, a confiabilidade das Escrituras, ou a relação entre ciência e religião são apenas alguns dos temas que podem ser desafiadores para aqueles que estão começando a evangelizar.
Em vez de tentar responder de maneira improvisada, investir tempo em estudar esses tópicos pode fortalecer significativamente suas respostas. Livros, artigos acadêmicos e até vídeos de apologetas cristãos podem ser excelentes recursos para aprofundar seu conhecimento. Organizações como Ravi Zacharias International Ministries ou Reasonable Faith oferecem artigos, vídeos e podcasts que abordam esses e outros temas com profundidade e clareza.
Por exemplo, ao ser questionado sobre a relação entre fé e ciência, você pode se preparar estudando a obra de cientistas cristãos como Francis Collins, diretor do Projeto Genoma Humano, que defende a compatibilidade entre a ciência e a crença em Deus. Ao demonstrar que a fé cristã não está em conflito com a ciência, você pode apresentar uma resposta informada e sólida.
Entendendo as Crenças dos Incrédulos
Uma parte vital da preparação intelectual é entender as crenças e filosofias daqueles que questionam a fé cristã. Conhecer as ideias dos incrédulos, como o ateísmo, o agnosticismo ou até outras religiões, permite que você compreenda melhor seus pontos de vista e ofereça respostas mais direcionadas e relevantes.
Por exemplo, se alguém questiona a existência de Deus com base no mal e no sofrimento no mundo, entender a visão do ateísmo sobre o problema do mal pode ajudá-lo a formular uma resposta que vá além de uma simples explicação.
Você pode apresentar a visão cristã do sofrimento, que não nega a dor, mas oferece uma esperança de redenção e transformação através de Cristo, ao mesmo tempo que reconhece que muitas visões ateístas ou seculares não oferecem uma solução definitiva para o mal.
Além disso, entender o pensamento filosófico contemporâneo, como o existencialismo ou o relativismo moral, também pode ser útil. Isso permitirá que você aborde questões sobre o sentido da vida ou a moralidade de uma maneira que se relacione com a visão de mundo do interlocutor.
Ao se preparar intelectualmente para responder a perguntas desafiadoras, você não apenas fortalece sua própria fé, mas também se torna mais eficaz ao comunicar a verdade do evangelho. O conhecimento básico de apologética cristã, o investimento em pesquisas sobre temas difíceis e a compreensão das crenças dos incrédulos são elementos essenciais para uma defesa sólida e respeitosa da fé cristã.
Praticando a Resposta com Sabedoria
Responder a perguntas desafiadoras sobre a fé cristã exige mais do que apenas conhecimento intelectual; exige sabedoria prática. A maneira como você escolhe se expressar pode fazer toda a diferença em uma conversa, transformando um momento de tensão em uma oportunidade de testemunho. Aqui, vamos explorar como praticar a resposta com sabedoria, mantendo a calma e o respeito, evitando simplificações excessivas e utilizando histórias e analogias para tornar suas respostas mais acessíveis.
Mantenha a Calma e o Respeito
Quando confrontados com perguntas desafiadoras ou críticas à fé, a tentação de reagir de forma defensiva ou agressiva pode ser grande. No entanto, é essencial lembrar que a maneira como respondemos reflete a nossa maturidade espiritual e a imagem de Cristo. Manter a calma e o respeito durante a conversa é fundamental, pois um tom agressivo ou arrogante pode alienar o interlocutor, tornando a conversa improdutiva e fechando portas para um diálogo genuíno.
Jesus nos ensina a ser sábios como serpentes e inocentes como pombas (Mateus 10:16). Isso significa que, ao responder, devemos ser astutos o suficiente para evitar confrontos desnecessários e ao mesmo tempo gentis, demonstrando o amor de Cristo. Lembre-se de que, muitas vezes, a forma como respondemos pode ser tão impactante quanto o conteúdo de nossa resposta. Ao manter a calma, você cria um ambiente mais aberto e acolhedor, facilitando a aceitação de suas palavras.
Além disso, escute atentamente as perguntas e os sentimentos por trás delas. Isso não só demonstra respeito, mas também ajuda a moldar uma resposta mais apropriada e empática. Quando você mostra que realmente se importa com o que o outro está dizendo, a conversa tem mais chances de se transformar em um diálogo construtivo.
Evite Respostas Simplistas
Embora seja importante ser claro e direto em suas respostas, é igualmente essencial evitar simplificações excessivas. Quando uma pergunta é profunda e complexa, como aquelas que questionam a bondade de Deus diante do sofrimento ou a existência do mal, uma resposta superficial não fará jus à profundidade do problema. Simplificar demais essas questões pode ser prejudicial, pois pode parecer que você não está levando a sério as preocupações do outro.
Por outro lado, é fácil se perder em uma explicação excessiva, tentando cobrir todos os aspectos de um tema complexo. Isso pode confundir ainda mais quem está ouvindo e fazer a conversa parecer distante e acadêmica. O segredo está em encontrar o equilíbrio: apresentar uma resposta que seja ao mesmo tempo fiel à complexidade do tema e acessível ao interlocutor, sem cair em respostas simplistas ou demasiado técnicas.
Uma boa prática é focar no essencial e, quando necessário, oferecer recursos para aprofundamento, como livros, artigos ou vídeos, permitindo que a pessoa explore o tema de forma mais aprofundada por conta própria.
Utilize Histórias e Analogias
Uma maneira eficaz de tornar suas respostas mais acessíveis e atraentes é usar histórias e analogias. Jesus frequentemente usava parábolas para explicar verdades espirituais profundas de forma que fosse fácil de entender para as pessoas de sua época. As analogias e histórias têm o poder de transmitir conceitos complexos de maneira que conectem com a experiência humana.
Por exemplo, se alguém questiona a existência de Deus, você pode usar a analogia de um pintor e sua obra de arte: assim como uma pintura reflete a habilidade e a intenção do artista, o mundo ao nosso redor reflete a existência e a criatividade de Deus. Isso ajuda a tornar um conceito abstrato mais palpável.
Quando usamos histórias, estamos não apenas explicando um conceito, mas também tornando a conversa mais pessoal e envolvente. As histórias podem ser exemplos bíblicos, experiências pessoais ou até mesmo ilustrações do cotidiano. Elas oferecem uma maneira de conectar a fé cristã com a vida real, tornando os princípios do evangelho mais compreensíveis e impactantes.
Além disso, histórias podem ser especialmente úteis para ilustrar como a fé cristã oferece soluções para os problemas humanos, como o sofrimento e a busca por propósito. Ao compartilhar testemunhos de como Deus tem trabalhado na sua vida ou na vida de outras pessoas, você demonstra de maneira prática o poder da fé em ação.
Praticar a resposta com sabedoria não significa apenas fornecer uma explicação lógica e bem fundamentada, mas também cultivar uma atitude de respeito, empatia e discernimento. Ao manter a calma e o respeito, evitar simplificações excessivas e utilizar histórias e analogias, você estará mais preparado para responder com graça e profundidade, refletindo o amor e a sabedoria de Cristo em cada palavra.
A Arte de Ouvir
Uma das habilidades mais importantes ao evangelizar e responder a perguntas desafiadoras sobre a fé cristã é a capacidade de ouvir com empatia. Muitas vezes, antes de falar, é preciso prestar atenção plena ao que o outro está dizendo, compreendendo suas preocupações, dúvidas e até mesmo suas frustrações. A arte de ouvir não apenas melhora a qualidade da resposta, mas também cria um ambiente de respeito e confiança, onde a pessoa se sente valorizada e ouvida. Aqui, exploraremos como escutar com empatia e responder de maneira relevante ao contexto de quem nos questiona.
Escutando com Empatia
Escutar com empatia é mais do que ouvir as palavras que a pessoa diz; trata-se de captar o que está por trás delas. As perguntas difíceis sobre a fé cristã muitas vezes vêm acompanhadas de emoções intensas, como dor, dúvida, frustração ou raiva. Se você se concentrar apenas no conteúdo da pergunta sem considerar o estado emocional da pessoa, pode acabar perdendo a oportunidade de abordar as questões de forma sensível e eficaz.
Quando você ouve com empatia, está tentando entender o que a pessoa realmente precisa e sente. Por exemplo, se alguém pergunta, “Se Deus é bom, por que há tanto sofrimento no mundo?”, pode estar lidando com um sofrimento pessoal, como a perda de um ente querido ou uma crise de saúde. Ao escutar atentamente, você pode perceber que a pergunta não é apenas intelectual, mas também emocional, e isso deve moldar a maneira como você responde.
Ouvir empaticamente também implica dar espaço para que a pessoa expresse seus sentimentos e dúvidas sem ser interrompida ou julgada. Isso cria uma atmosfera de respeito, onde o diálogo é mais produtivo. Lembre-se de que a maioria das pessoas não está apenas procurando uma resposta lógica, mas também busca compreensão, conforto e conexão.
Respondendo de Forma Relevante
Após ouvir com atenção e empatia, a próxima etapa é ajustar a sua resposta ao contexto da pessoa. Em vez de simplesmente defender um ponto de vista ou lançar uma explicação teológica, é importante adaptar a resposta para abordar diretamente as preocupações e necessidades daquele que está perguntando.
Por exemplo, se a pessoa questiona a existência de Deus com base no sofrimento, e você percebe que ela está lidando com um momento difícil em sua vida, uma resposta que destaque a presença de Deus no sofrimento pode ser mais apropriada do que um argumento filosófico sobre a questão do mal. A Bíblia nos ensina que Deus está perto dos que sofrem e oferece consolo em tempos de dor (Salmo 34:18). Uma resposta empática pode ser aquela que oferece esperança e, ao mesmo tempo, compartilha a verdade sobre como a fé cristã vê o sofrimento.
Além disso, ao ajustar a resposta, considere o nível de compreensão e o contexto cultural da pessoa. Alguém que está começando a explorar a fé cristã pode precisar de uma explicação mais simples e direta, enquanto alguém que tem um conhecimento mais profundo das Escrituras pode estar procurando uma resposta mais teológica ou filosófica. Respondendo de maneira relevante, você não só demonstra compreensão, mas também aumenta a probabilidade de que sua mensagem seja bem recebida.
Também é importante reconhecer que, em muitos casos, você não precisa ter todas as respostas prontas. Às vezes, simplesmente reconhecer que algumas questões são difíceis e que a jornada de fé envolve mistério pode ser uma resposta honesta e compassiva. Isso mostra humildade e abre espaço para um diálogo contínuo.
A arte de ouvir é essencial para responder com sabedoria e relevância às perguntas desafiadoras sobre a fé cristã. Ao escutar com empatia, você consegue compreender melhor as preocupações e emoções por trás das perguntas, permitindo uma resposta mais cuidadosa e eficaz. Ao ajustar sua resposta ao contexto da pessoa, você mostra que está mais interessado no bem-estar dela do que em simplesmente ganhar uma discussão. Esse tipo de abordagem cria um espaço para um diálogo genuíno e transformador, onde a verdade pode ser compartilhada de forma respeitosa e compassiva.
Considerações Finais
Responder a perguntas desafiadoras sobre a fé cristã exige mais do que simplesmente ter o conhecimento correto; é um processo que envolve preparação emocional, espiritual e intelectual. Ao longo deste artigo, vimos a importância de compreender as perguntas e suas motivações, de nos prepararmos com sabedoria espiritual e intelectual, e de praticarmos respostas com empatia, calma e relevância. Cada um desses aspectos é crucial para que possamos defender nossa fé com graça e respeito, refletindo o amor de Cristo em todas as nossas interações.
É importante lembrar que, por mais que a preparação seja vital, o verdadeiro poder de nossas respostas vem de nossa dependência de Deus. Não estamos sozinhos nesse processo. O Espírito Santo nos guia, nos fortalece e nos dá sabedoria, especialmente nos momentos mais desafiadores. Como cristãos, devemos confiar que Ele usará nossas palavras, mesmo quando sentimos que não temos todas as respostas, para impactar os corações daqueles que nos ouvem.
Portanto, encorajo você a confiar em Deus durante os momentos de desafio. A jornada de evangelizar e defender a fé pode ser cheia de momentos de incerteza e até mesmo de resistência, mas lembre-se de que não estamos sendo chamados a ter todas as respostas perfeitas. O que importa é nossa disposição de ser fiéis, dependentes de Deus e dispostos a falar com sabedoria e amor. Quando nos aproximamos dos outros com humildade e graça, Deus usará nossas palavras para semear a verdade no coração deles.
Como diz 1 Pedro 3:15: “Mas santifiquem Cristo como Senhor em seu coração, estando sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.” Este versículo nos lembra que nossa preparação não deve ser apenas intelectual, mas também espiritual. Estarmos sempre prontos para responder significa ter o coração cheio de esperança e confiança em Cristo. Ao fazer isso, podemos nos tornar canais de luz, compartilhando nossa fé de uma maneira que atrai outros para Cristo.
Que este versículo nos motive a estar sempre preparados — não apenas com conhecimento, mas com um coração cheio de graça, paciência e sabedoria. Prepare-se para ser um testemunho vivo da fé cristã, respondendo a qualquer questionamento com amor e respeito, e, assim, abrindo portas para que mais pessoas conheçam a esperança verdadeira que temos em Cristo.